segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cidadezinha do meu coração

(Para Taiobeiras)
Cidade pequena
Gente simples pra lá e pra cá
O luar das pracinhas
Embeleza-nos para namorar.
Namoro nos banquinhos
Pequenos lampejos no olhar
Encontros na esquina
Cantigas de roda a relembrar.
Uma oração na igrejinha
Aos pés da santinha quer rogar
Nossa Senhora de Fátima
Que para sempre nos guardará.
Suas ruas largas e compridas
Muitas histórias vão gravar
Nossos avôs, nossos pais e filhos
Sempre moraram neste lugar.
Na aurora das Festas de Maio
Esperando a banda passar
Para a alegria de todos
De madrugada a cidade acordar.
Seu povo é criativo
Muitos artistas a cantar
Tem poesia, música e artesanato
Em couro, em barro e cerâmica a fabricar.
Lá na feira tem de tudo
Vem da roça ou do quintal
Tem Dona Salvina, comida boa
Tem tempero, pimenta, alho poró
Água na boca não é à toa
Gente de longe vem comprar.
Olha só...
Tem farinha na bruaca
Tem rapadura, queijo, requeijão
Sem falar das pamonhas
Foram feitas na roça de seu João.
O cheirinho de pequi
O ano todo faz sentir
Com o arroz e carne de sol
Todo mundo quer repetir.
Outro cheirinho nos faz lembrar
Fruta no pé, rufão, araticum, maracujá
Araçá, pitombas
Que delícia de jatobá!
Tem coração na folha da taioba
O mapa da cidade se encontra lá
O povo que agora se abraça
Com carinho se faz eternizar.
(Poema de Marileide Alves Pinheiro)

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